Pacificação desagrada criminosos, que reagem com violência no Rio
Há quase dois anos, o governo do Rio de Janeiro implantava no morro Santa Marta, em Botafogo, a primeira Unidade de Polícia Pacificadora. Se no início a novidade parecia mais um programa fadado ao fracasso ou à mera pirotecnia política, hoje – quando 12 comunidades contam com UPPs e cerca de 200 mil pessoas são beneficiadas – seus resultados podem ter sido suficientemente incômodos ao ponto de se transformarem no foco da onda de violência que tem alarmado cariocas e fluminenses.
Policiais reagem contra ataques (por Sérgio Moraes/Reuters) |
O tipo de crime e sua concentração nestes últimos tempos fizeram com que as autoridades do estado apontassem os acontecimentos como reação de facções criminosas à atuação do aparato de segurança pública, em especial as UPPs, que teriam expulsado traficantes de comunidades onde antes reinavam absolutos.
Nesta quarta-feira (24), o governador Sérgio Cabral declarou em entrevista à rádio CBN que "nós, desde o primeiro dia, enfrentamos a marginalidade, seja ela qual for, com intensa firmeza e coragem. Evidente que, nesses quatro anos que se encerram no mês de dezembro, esses marginais perceberam, lutaram, sofreram e se prejudicaram com a nossa política. Portanto, essa ação que acontece na Região Metropolitana não é de ameaça, mas, sim de desespero da marginalidade, percebendo que há uma política de retomada de territórios que fragiliza cada vez mais essa marginalidade, o tráfico de drogas, o contrabando de arma".(leia mais)
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