A semântica do voto I
O município de Caetité vive dias agitados, como Salvador, devido à rejeição pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) das contas de 2008 do ex-prefeito local, Ricardo Ladeia. Ocorre que, durante a votação do parecer do TCM pela Câmara de Vereadores, no início de dezembro que confirmaria ou não essa rejeição, deu-se um daqueles episódios que parece só acontecer na Bahia. Cinco vereadores votaram contra o relatório do TCM e quatro a favor. Como a legislação prevê que são necessários 2/3 dos votos para derrubar o parecer do Tribunal (no caso seis votos), a Mesa Diretora da Câmara confirmou a rejeição das contas do ex-prefeito, que ficou inelegível por oito anos.
A semântica do voto II
No entanto, uma semana depois da votação, o líder da oposição, vereador Júlio Teixeira Ladeia, do PSDB, (parente do ex-prefeito), apresentou um requerimento ponderando que o voto do colega Zacarias Nogueira (PCdoB), considerado a favor do parecer do TCM, na verdade teria sido contra. Mostrou como prova a gravação da sessão. Nela, Zacarias ao votar diz a frase: “Meu voto é sim pela permanência do Tribunal de Contas e não pela rejeição das contas de Ricardo”.
A dubiedade da frase fez com que a Mesa Diretora acatasse os argumentos e mudasse o resultado da votação, livrando, assim, Ricardo Ladeia, candidato a prefeito em 2012, da inelegibilidade. O arerê estava armado. Inconformado com a manobra, que classificou de “golpe contra a democracia”, Zacarias Nogueira recorreu à justiça, dando entrada em um mandato de segurança para anular a segunda decisão da Câmara. Agora o mundo político de Caetité aguarda o desfecho do imbróglio.
Fonte: Jornal A TARDE de 09.01.2011 – Coluna Tempo Presente – jornalista Biaggio Talento – tempopresente@grupoatarde.com.br
O município de Caetité vive dias agitados, como Salvador, devido à rejeição pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) das contas de 2008 do ex-prefeito local, Ricardo Ladeia. Ocorre que, durante a votação do parecer do TCM pela Câmara de Vereadores, no início de dezembro que confirmaria ou não essa rejeição, deu-se um daqueles episódios que parece só acontecer na Bahia. Cinco vereadores votaram contra o relatório do TCM e quatro a favor. Como a legislação prevê que são necessários 2/3 dos votos para derrubar o parecer do Tribunal (no caso seis votos), a Mesa Diretora da Câmara confirmou a rejeição das contas do ex-prefeito, que ficou inelegível por oito anos.
A semântica do voto II
No entanto, uma semana depois da votação, o líder da oposição, vereador Júlio Teixeira Ladeia, do PSDB, (parente do ex-prefeito), apresentou um requerimento ponderando que o voto do colega Zacarias Nogueira (PCdoB), considerado a favor do parecer do TCM, na verdade teria sido contra. Mostrou como prova a gravação da sessão. Nela, Zacarias ao votar diz a frase: “Meu voto é sim pela permanência do Tribunal de Contas e não pela rejeição das contas de Ricardo”.
A dubiedade da frase fez com que a Mesa Diretora acatasse os argumentos e mudasse o resultado da votação, livrando, assim, Ricardo Ladeia, candidato a prefeito em 2012, da inelegibilidade. O arerê estava armado. Inconformado com a manobra, que classificou de “golpe contra a democracia”, Zacarias Nogueira recorreu à justiça, dando entrada em um mandato de segurança para anular a segunda decisão da Câmara. Agora o mundo político de Caetité aguarda o desfecho do imbróglio.
Fonte: Jornal A TARDE de 09.01.2011 – Coluna Tempo Presente – jornalista Biaggio Talento – tempopresente@grupoatarde.com.br