Movimentos sociais declaram apoio a Dilma
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) anunciaram o apoio para eleger Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais. Todos querem evitar o retrocesso que seria a eleição de José Serra, com o retorno de políticas que vão contra os direitos sociais obtidos a partir de 2003.
“Queremos nos juntar aos movimentos sindicais, populares, estudantis, religiosos e progressistas para promover debates com a sociedade, desmascarar a propaganda enganosa dos neoliberais e autoritários e exigir avanços na democracia, nas políticas públicas que favoreçam a população, no combate aos corruptos e corruptores e na democratização do poder em nosso país”, diz a nota do MST, assinada juntamente com a Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento dos Pequenos Agricultores e outras 11 entidades.
O candidato tucano foi descrito no manifesto como "agressivo" e é acusado de perseguir jornalistas em entrevistas, de ter tentado intervir em julgamentos do STF (Supremo Tribunal Federal) e de ter espalhado mentiras e acusações infundadas na campanha.
"A candidatura de José Serra nos surpreendeu, não por sua identificação com as políticas neoliberais, e sim pelo baixo nível da sua campanha presidencial", diz um trecho do manifesto.
Estudantes
Segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, não houve uma definição da UNE no primeiro turno porque alguns candidatos apresentaram boas propostas para os estudantes e receberam as sugestões dos movimentos estudantis.
“Neste momento não há duvida: o rumo é de avanço ou retrocesso. A UNE decidiu se manifestar porque a característica principal do movimento estudantil no Brasil é sua disposição de exercer protagonismo nos principais debates e decisões nacionais”, diz.
Para Chagas, Dilma representa o governo que mais criou universidades federais, vagas e oportunidades para os jovens. “Ela representa as 14 universidades federais criadas nestes últimos anos, as mais de 60 extensões universitárias e a duplicação de vagas através do REUNI. Além do o projeto que criou mais de 700 mil vagas no ensino superior com o PROUNI e de 15 milhões de empregos criados por Lula”.
Já na visão do presidente da UNE, o candidato Serra representa a defesa do mesmo projeto dos oito anos de FHC. “Serra foi um dos principais nomes daquele governo e daquele pensamento [neoliberal]”.
Para a presidenta da UBES, Yann Evanovick, declarar apoio à Dilma é apostar na continuação do avanço no Brasil em todos os setores. “Com a candidata Dilma Rousseff à frente do nosso país, assim como no atual governo de Lula, o movimento social terá plena certeza que teremos portas abertas para mostrar as nossas reivindicações. Já com o Serra, isso não será bem assim. Exemplo são os professores que nos últimos anos foram tratados na base do cassetete, bem como no governo FHC”.
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