O presidente Lula, no nono comício na campanha de Dilma Rousseff (PT), na noite desta terça-feira (24), em Campo Grande (MS), declarou ter sido vítima de preconceito por não dispor de formação universitária. Ele usou como exemplo uma passagem da campanha de 2002. "Me lembro como se fosse hoje, quando eu estava almoçando com a Folha de S.Paulo. O diretor da Folha de S.Paulo perguntou pra mim: ‘O senhor fala em inglês? Como é que o senhor vai governar o Brasil se o senhor não fala inglês?’ E eu falei pra ele: alguém já perguntou se Bill Clinton fala português? Eles achavam que o Bill Clinton não tinha obrigação de falar português!" Ouviram-se gritos e aplausos da audiência. E Lula: "Era eu o subalterno, o colonizado, que tinha que falar inglês, e não Bill Clinton o português!". Ainda se referindo ao almoço na Folha, o presidente arrematou: "Houve uma hora em que eu fiquei chateado e me levantei da mesa e falei ‘Eu não vim aqui pra dar entrevista, eu vim aqui pra almoçar. Levantei, parei o almoço e fui embora". De acordo com o colunista Josias de Souza, o diretor referido é Otavio Frias Filho, e a história não condiz com a verdade. As perguntas de Frias a Lula não tratavam de língua inglesa, mas de preparo intelectual, e o presidente se levantou ao ser inquirido sobre o a aliança com o PL, de Maluf.
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