A criação da universidade acompanha a atual política externa brasileira de integração e colaboração mútua a países pobres, muitas vezes incompreendida por setores neoliberais da política nacional.
Durante a solenidade de entrega do prêmio da ONU “Campeão do Mundo na Batalha Contra a Fome”, realizada na segunda-feira (10), o presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou que a Universidade Luso-Afro-Brasileira (Unilab) começa a ser construída até o final deste ano – na cidade de Redenção, no Ceará.
Lula comemorou a aprovação do projeto que cria a Unilab pelo Congresso e disse que a universidade terá capacidade para receber até 10 mil alunos. Um dos objetivos da instituição será promover o intercâmbio cultural de estudantes com o Continente Africano e incentivar estudos que tenham como foco o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
A cidade cearense foi escolhida como sede da Unilab por ter sido o primeiro local que promoveu a libertação dos escravos, em 1883. Bem-humorado, o presidente disse que o local foi escolhido para que os estudantes possam “olhar para a África”, sem abandonar seus países.
Lula afirmou ainda que, paralelamente, está em fase de conclusão no Ministério da Defesa um estudo para a ampliação de voos do Brasil para países africanos. Segundo ele, esse aumento é fundamental para garantir a troca de experiências. Apesar de essencial, o presidente disse que a ampliação esbarra nas dificuldades das empresas áreas que “adoram ir para Paris e Londres” e outros locais na Europa.
“As empresas brasileiras só querem ir para Paris e Londres, mas não querem parar em um território africano. Agora com esse vulcão soltando fumaça preta para tudo que é lado, eles (os responsáveis pelas empresas aéreas) estão parando em qualquer lugar com medo”, reclamou o presidente.
Fonte: Portal Vermelho
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