Após denúncia de contaminação radioativa em poços d'água no entorno de uma mina de urânio em Caetité, no centro sul da Bahia, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU), realizou vistorias no local e concluiu que as atividades das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) atendem os requisitos de segurança e não provocam impactos ao meio ambiente da região.
O pedido de auditoria foi feito pela própria estatal, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Estudos independentes já demostraram resultados menos animadores. O consumo de água em três pontos da cidade chegou a ser proibido após notificação do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), da Secretaria de Meio Ambiente do estado, apontando índices de radioatividade superiores aos permitidos pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o MCT, a missão da ONU concluiu que a unidade de produção da INB “é bem projetada, bem mantida, segura e eficiente”. O relatório preliminar também elogia a operação da estatal, que segundo os especialistas, tem conseguido restringir os efeitos da mineração à área da unidade de produção.
Na última semana, ativistas da organização não governamental Greenpeace estiveram na cidade e realizaram um protesto contra a operação da INB na mina de urânio. De acordo com a organização, o secretário de Recursos Hídricos do município, Nilo Joaquim de Azevedo, foi convidado a beber da água coletada em um dos pontos considerados contaminados, mas se recusou a tomá-la.
Em Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário