Será entregue nesta sexta-feira (21) ao governador Jaques Wagner e à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, um documento assinado por entidades sociais defendendo a implantação em Ilhéus, Sul da Bahia, do Complexo Intermodal Porto Sul. Além de um porto "off-shore", o projeto de desenvolvimento também inclui a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, aeroporto internacional, área industrial, novos acessos rodoviários e uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE).
A elaboração e entrega do documento foram decididas quarta-feira (19) durante reunião realizada no auditório da Justiça Federal, em Ilhéus, com a presença de representantes de sindicatos, cooperativas, entidades indígenas e associações de moradores.
Durante o encontro, técnicos da Bahia Mineradora (Bamin), empresa que utilizará o Porto Sul para exportar o minério extraído de Caetité, reafirmaram, mais uma vez, exibindo gráficos e dados técnicos, a preocupação com a sustentabilidade. "O verdadeiro desenvolvimento sustentável, capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer o futuro dos nossos filhos e netos, precisa encontrar-se focado nas questões socioeconômicas, mas, também, na conservação ambiental. Por isso, a preocupação com impactos mínimos e com possíveis compensações", disseram.
A proposta, que tem o apoio da Prefeitura de Ilhéus, é ampliar as ações institucionais em favor do Complexo Intermodal, transformando a iniciativa num movimento regional, com a participação de outros municípios da região. A composição do grupo de entidades Pró-Porto Sul tem associações de localidades das áreas de influência direta do projeto, como Ponta da Tulha, Retiro, Mamoan e Jóia do Atlântico. Na próxima segunda-feira (24), às 18h, no Sindicato dos Bancários, outra reunião será realizada visando a discussão de outros pontos ligados ao Complexo.
O projeto do Complexo Intermodal Porto Sul é a principal aposta do governo baiano para desencadear um novo ciclo de desenvolvimento na região. Para os técnicos do Estado, o projeto encontra-se marcado por duas realidades que não se contrapõem: industrialização e sustentabilidade. "E sustentabilidade não apenas no sentido ambiental. O mundo clama por produtos que assegurem desenvolvimento, mas gerem qualidade de vida", afirmam.
De acordo com vários consultores baianos, o Porto Sul não nasce com o objetivo específico de escoar commodities ou de atender a uma demanda presente e específica. "Na verdade, a idéia é estruturar as existentes e atrair várias outras. Nesse panorama, vale ressaltar, o minério e os grãos serão apenas os primeiros elementos, as chamadas demandas âncoras", garantem, ressaltando que, "em 20 anos, essa região poderá responder por cerca de 10% do PIB baiano".
Fonte: Agecom
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